"Magic contra Bird foi o mesmo que ver Ronaldo contra Messi"

Confissões de Magic Johnson numa entrevista ao DN feita por e-mail. Ícone da NBA na década de 1980 e dono do sorriso mais marcante da liga, que não perdeu após ter descoberto ser portador de HIV.
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Antes de mais, quem era Earvin Johnson antes de ser Magic Johnson?

Um rapaz totalmente normal, que estudava, limpava a neve dos vizinhos e ajudava o pai na garagem para ganhar algum dinheiro para os seus tempos livres. No meu caso servia para comprar bilhetes para ir ao cinema, por vezes ficava lá o dia todo.

E como é que ganhou a alcunha de Magic?

Foi após um jogo na Everett High School, onde jogava e estudava. Um jornalista, Jack Stabley, viu o jogo, no qual estive em destaque, e pôs--me essa alcunha no jornal. Nunca mais deixei de ser chamado assim. Mas era norma os jogadores terem uma alcunha, a minha foi Magic.

Mas aparentemente a sua mãe não gostou muito da ideia ao início...

Sim, é verdade. A minha mãe trabalhava numa escola e entendia que uma alcunha não era nada engraçado. Mas depois acostumou-se, ainda que sempre me tenha tratado pelo meu nome, Earvin. Aliás, sempre pediu que toda a minha família me tratasse assim, pelo menos em casa. Costumo dizer que quem não me conhece é que me trata por Magic, quem me conhece trata-me por Earvin.

Diz-se também que, apesar de sempre ter jogado basquetebol, até nem pensava seguir essa carreira. É verdade?

Sim, é verdade. Estava a estudar Comunicação e o meu objetivo na altura, já virado também para o desporto, era ser comentador numa televisão. Pensava que provavelmente seria melhor a comentar do que a jogar. E nunca desisti desse objetivo, conseguindo-o concretizar depois de ter terminado a minha carreira no basquetebol.

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